segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A guerra Lisboa Vs Cascais

A notícia não é recente. O episódio passou-se há mais de uma semana. Também não é nada de novo, jovem espancado por um grupo de rapazes. Ao que parece seis jovens resolveram bater num, o que demonstra um total acto de cobardia. E, pensam vocês, foi um acero de contas? Não! Porque não tinham nada contra o rapazinho, nem o conheciam "de aperto de mão" (palavras de um dos agressores/amigo dos agressores), só o conheciam de vista. Bateram-lhe, porque ele era amigo de não sei quem. Deixaram o Francisco completamente desfigurado, traumatismo craniano, nariz partido, bateram-lhe, inclusivamente, com um capacete. Choca-me esta violência gratuita, choca-me que seja entre jovens,  choca-me que não aja nenhum motivo aparente, choca-me que seja uma forma de resolver as coisas.
O assunto não termina aqui, porque os pais do Francisco, cobertos de razão, querem levar as coisas até às últimas consequências. Eu também quereria, espancar assim uma pessoa e ficar impune. A coisa começa a complicar-se aqui.
Ao que parece esta é uma "guerra" entre gangs, não da Musgueira, Casal Ventoso (nada contra!), mas Cascais, Lisboa. Deve ter sido por isso que o episódio se passou à saída de um jogo de Rugby e não de futebol! E, entre os agressores estão familiares - filho e sobrinho - de uma Procuradora de Cascais. Claro, que todos esperamos que ninguém esteja acima da lei. Mas..... 
Quando ouvi a notícia lembrei-me de uma situação do passado. No início da minha vida profissional, tive uma aluna hiper-mega irritante, o comportamento era mau e tinha a mania que tinha o rei na barriga, com os colegas, professores, auxiliares, todas as pessoas. Quando algo não lhe agradava, dizia sempre: Eu sou filha da Juíza ....Confesso que isto me aborrecia muito. Um dia respondi-lhe (assim em tom de brincadeira): Pois a sua mãe a mim não me dá muito jeito, agora a do X que é costureira é que me dá. Tenho um monte de roupa para apertar!  Mas, as  coisas não corriam nada bem, e existiu o dia em que tive de falar com a Senhora Juíza e percebi, porque é que a filha era assim. A mãe era igual, achava que os outros pais eram uma nódoa porque não tinham curso e que nós eramos uns capachos, ela só não ensinava a filha, porque não tinha tempo - porque faria um trabalho tão bom ou melhor que o nosso! Na reunião dei por mim a pensar que tinha regredido até aos tempos feudais e que tinha de prestar vassalagem aquela senhora, tipo representante do Rei, ó coisa que lhe valha. A reunião não correu nada bem. O resto do tempo passou, bem devagar. Hoje vejo a Senhora, sou cordial e nada mais. A menina cresceu, é uma adolescente empertigada e que tem dado muitos problemas, situações de álcool e droga. Mas, a resposta é sempre a mesma: Vai fazer queixa de mim, a minha mãe é a Juíza ..." E, normalmente, as pessoas não fazem queixa e deixam passar.
Espero que os pais do Francisco tenham a capacidade para fazer justiça, não para dar uns valentes tabefes aos agressores - que também mereciam- mas que sejam responsabilizados e condenados. Até porque muitos deles já são adultos, e não se é adulto só para se votar e ter carta de condução, também se é para se ir preso!

2 comentários:

  1. Guerras e gangs. Algo que não consigo perceber.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  2. Há pessoas que querem marcar posição em determinadas situações pelo canudo que trazem na algibeira... apanho muito disso na minha vida profissional!
    Quanto ao resto...que se faça justiça!

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