Mais ou menos 50%, acho que não é um número exagerado, dos meus amigos vive no estrangeiro, são os novos Imigras. Não são do tipo
que usam fio de ouro ao pescoço e que regressam em Agosto em brutais
carros e a ouvir músicas pimbas(nada contra!), para passar cá um mês. Não são do tipo de pessoas que não estudarem, quase todos são licenciados e nas mais diversas áreas. São tal e qual como eram cá, quando estudámos juntos, quando convivemos, mas Muito mais felizes. Conseguiram lá o que o
nosso país não lhes deu: oportunidades de trabalho, de trabalhar na área
em que se licenciaram e receberem ordenados condignos! Visitam-nos (aos poucos que ficámos) duas ou três vezes por ano, mas para mim confesso que sabe a muito pouco, essas semaninhas que eles cá passam.
Hoje, mais uma amiga foi...Não me despedi à séria, simplesmente, não consegui, foi só um beijo, um abraço,uma lágrima de fugida(não gosto de grandes choradeiras) e desejos de muita sorte! Esta vaga de imigração, que se têm intensificado nos últimos dois anos deixa-me com um enorme desânimo e tristeza.Não só por perceber que cada vez
fico mais sozinha (sei que é egoísmo da minha parte, porque eles vão à
procura de um futuro melhor), mas também me questiono quem ficará cá. Se deixamos ir toda uma geração, ou pelo menos 50% dessa geração, quem restará?
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