sexta-feira, 6 de setembro de 2013

E, um dia o sonho acaba...

Hoje foi o dia!

Quando me perguntavam em criança, o que queres ser quando fores grande? Eu respondia trinta mil coisas, quis ser bailarina, bombeira, médica, chefe (esta é uma profissão linda!), advogada, jornalista, professora, ajudar os outros. A idade passou e tive de escolher, escolhi e não me arrependo nada da escolha que tomei. 
Fui muito feliz,  nestes últimos nove anos, enquanto leccionei. Tive o prazer de trabalhar com pessoas excepcionais e algumas cobrinhas (sim, existem em todos os trabalhos), passei por muitas situações engraçadas e sei que marquei a vida de muitas crianças. Tive esperança que embora existissem cortes, conseguiria ficar, acreditei piamente, que a minha dedicação fizesse a diferença, mas não fez, confirmei hoje que sou, simplesmente, um número.
Foi, sem dúvida, a realização de um sonho. No entanto, tudo na vida tem um fim e para mim, hoje chega ao fim esta etapa. 
Procurarei, em qualquer área profissional, um trabalho, porque não sou pessoa de ficar em casa. Tentarei em outras áreas, esperarei que alguém aposte em mim e ambiciono conseguir um trabalho, que embora possa não ser o do sonho de criança, me permita ter rendimentos para sobreviver e ser feliz, sem abandonar o meu pais.

 

2 comentários:

  1. A experiência do ensino pode ser das mais gratificantes se for respeitada e reconhecida. Acredito que o maior reconhecimento será sempre daqueles para quem se trabalha, os alunos, e esses certamente que reconheceram o seu valor... emocionalmente é o que mais importa! Contudo, fica sempre a faltar o apoio de quem nos governa que, ao que parece, apenas têm para dar humilhação a quem "serve" um país.
    Desejo-lhe as maiores felicidades e a esperança de que um dia possa voltar a fazer a diferença.

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  2. Com familiares professores infelizmente conheço bem a realidade. Desejo que tudo corra bem, aliás vida mais incerta do que a de professor também é difícil, por isso ficam os votos para que construas uma nova vida profissional num lugar onde as pessoas não sejam apenas números. Um beijinho

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