terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ronaldo, Eusébio e o Panteão!!

O mundo celebra a vitória de Cristiano Ronaldo, como melhor jogador do Mundo. Ok, não é mesmo assim, quem celebra somos nós, Portugueses. Estamos contentes, sorrimos. Não porque todos o  admiremos, sim já existiu muito boa gente a criticá-lo que agora se congratula. Estamos felizes porque temos noção de que embora sejamos pequeninos, em algumas coisas conseguimos estar entre os melhores. A vitória do Ronaldo provou que com trabalho, dedicação, esforço, por vezes conseguimos ultrapassar os poderes instalados e sermos os melhores do mundo. 
Sou uma acérrima defensora de Ronaldo. Gosto dele! Admiro-o enquanto jogador.  Dá-nos muitas alegrias, algumas tristezas, faz-nos esquecer os problemas, é um ídolo para muitos jovens, mas é só um jogador de futebol. Merece ser reconhecido? Merece. Sentir o apoio dos Portugueses? Claro que sim.  Mas...
Não entremos em exagero. Este é o nosso grande mal. Exagerar sempre. O falecimento do Eusébio é um exemplo disso. Os telejornais não passaram outras notícias, repetiam inclusivamente as peças, defendo que deviam ter passado a homenagem, mas tudo tem um limite, e nesse caso acho que o limite do razoável foi ultrapassado, explorou-se a dor da perda de uma pessoa ao máximo, tal e qual se vai explorar a vitória do Ronaldo.
A questão do Panteão é outra. Não concordo com a ida do Eusébio para o Panteão - antes que comecem a atirar pedras- acho que o Eusébio tal como a Amália foram símbolos do País, tiveram grandes feitos nas suas áreas. Amália é reconhecida internacionalmente, cantou em grandes salas, era muito admirada pelos Portugueses, mas também o Tony Carreira é, e tem esses mesmo feitos - a quantidade de vezes que esgota o Olympia de Paris, é por isso que vai para lá um dia que morra?! Eusébio ganhou uma bola de ouro, Ronaldo vai na segunda - esperemos que ganhe ainda muitas mais - é por isso que ele terá lá lugar?! 
Não concordei quando a Amália foi, não vou concordar agora com Eusébio, assim como também não concordo com a ida de Sophia - embora reconheça que foi uma das melhores escritoras- porque para ela ir,  Saramago tem mais que lugar, o único escritor Português a receber um prémio Nobel. E, começa assim um problema, parece quando se faz listas de casamentos ou festas, para ir X também tem que ir Y. Logo, não concordo com a ida de nenhum. Porque não contribuíram de forma excepcional para a melhoria do País, concordo mais com uma eventual ida de Salgueiro Maia ou mesmo de Álvaro Cunhal. O Panteão deve ser o lugar para os Portugueses, que de alguma forma, contribuíram para a melhoria da qualidade de vida de outros Portugueses.

1 comentário:

  1. A lei 28/2000 prevê que as "honras do Panteão destinam-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade".

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